COMORBIDADES


A comorbidade é muitas vezes subestimada e sub diagnosticada. Nessas situações sintomas referentes a um outro transtorno mental são atribuídos ao uso agudo ou à síndrome de abstinência de uma determinada substância. 


A comorbidade aumenta a gravidade dos sintomas e a refratariedade destes ao tratamento, piorando seu prognóstico. 

A depressão e a ansiedade são as comorbidades psiquiátricas mais recorrentes, atingindo mais de metade dos usuários. 

O consumo de álcool é um preditor de severidade e mau prognóstico para o usuário de qualquer substância, inclusive o crack. 

A avaliação adequada do estado mental de qualquer usuário de substancia psicoativa (SPA) deve ocorrer após o período de um mês de abstinência ou mais, visando diminuir o risco de confusão entre o quadro psicopatológico presente e os efeitos de uso de drogas recém-interrompido. 

Veja bem, a nota nº 5 aponta as dificuldades encontradas na “fazenda”, pois muitos residentes, nessa fase é que demonstram possuir alguma comorbidade, coisa que antes desta janela de abstinência não fora possível diagnosticar. Daí surge também muita dificuldade durante o tratamento, devido a falta de uma medicação complementar. Neste caso seria como: “Tratar uma canal (dentário), sem anestesia”. É possível? 

Matéria publicada no Informativo CRIC – Agosto/2012 
Élio Nepomuceno de Andrade – Cel.Ref. Farm. Bioquímico