Nos transtornos relacionados ao consumo de drogas (SPA), a fissura, ou craving, é um dos conceitos mais amplamente estudados e menos compreendidos.
A fissura tem sido comparada a mecanismos de aprendizagem e memória, sendo desencadeada pelos mesmos circuitos ativados pela droga, envolvendo estruturas anatômicas como o córtex pré-frontal, o núcleo accubens, a amiglada e o hipocampo.
A fissura refere-se a um desejo intenso de consumir uma substância psicoativa (SPA), associado à intenção de repetir a experiência dos seus efeitos (os primeiros efeitos), sendo, geralmente acompanhada de alterações do humor, do comportamento da cognição.
Quando acontece uma fissura? – diante da apresentação de um determinado estimulo – que pode ser interno (ansiedade ou depressão) ou externo (presença de amigos que usam drogas, filme, papo de ativa) -, são ativadas crenças centrais e crenças “adictivas”
Os residente ou graduados precisam estar conscientes acerca das coisas que disparam levando-o ao uso de crack ou cocaína. A ausência de um trabalho terapêutico (eu digo monitoramento) nessa área torna mais provável a ocorrência de lapsos ou recaídas devido à falta de uma compreensão total e abrangente quanto aos fatores envolvidos na perpetuação do uso.
BIBLIOGRAFIA: M. Ribeiro / R. Laranjeira – “O tratamento do usuário de Crack”
Matéria publicada no Informativo CRIC – Junho/2012
Élio Nepomuceno de Andrade – Cel.Ref. Farm. Bioquímico